Na terça-feira, a equipe da Anoreg/SP saiu de São Paulo com destino a Ourinhos. No meio do caminho, no entanto, paramos em Santa Cruz do Rio Pardo para visitar o Tabelião de Notas e Protesto de Letras e Títulos. Fomos recebidos pelo titular Durval Cichetto Júnior. A serventia possui 15 funcionários e média mensal de 10 mil atos.

Para Durval, não há grandes dificuldades no dia a dia da serventia. O que ele enxerga, no entanto, é que as dificuldades são da população e devem ser solucionadas pelo cartório. “As pessoas vêm aqui com dúvidas e questões a serem solucionadas. E a nossa função é sanar essas dúvidas e solucioná-las da melhor forma possível”, explica.

Ainda assim, a pandemia foi um momento desafiador para o cartório. Ele explica que todos foram pegos desprevenidos, o que ocasionou na queda da procura pelos serviços do cartório. “Passamos alguns meses com apenas 30% da arrecadação. Mas assumi o compromisso de manter o quadro de funcionários. E conseguimos”, conta. “Foi um período difícil, com queda de produtividade, mas sobrevivemos e não temos resquícios desse período. O número de atos voltou a ser o mesmo que no pré-pandemia”, diz.

Para o titular, iniciativas de aproximação da Anoreg/SP com cartórios do interior de São Paulo são bastante importantes. “Essa recente aproximação é importantíssima para integrar a classe. Acho que as associações só têm melhorado nos últimos 10 anos. Estão mais participativas e convidativas”, alega.

Após a visita, seguimos em direção a Ourinhos, onde aconteceu o primeiro dia do treinamento ‘Gestão, Qualidade & Prática’.

Na quarta-feira, 14 de junho, as visitas começaram logo cedo. A primeira parada foi no Oficial de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica de Ourinhos. A serventia possui 22 funcionários e tem média mensal de quatro mil atos. Fomos recebidos pela titular Marisa Barbanti Barbosa, que nos apresentou as dependências.

Marisa vê com bons olhos a iniciativa da Anoreg/SP de levar treinamentos para os cartórios mais distantes da capital. “Quero agradecer a Anoreg/SP pela oportunidade de vir até o interior dar esse curso para nós. A gestão é uma dificuldade que nós temos e essa ajuda é muito importante”, afirma.

De lá, seguimos o roteiro de visitas. Em seguida, foi a vez de conhecer o Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais de Interdições e Tutelas de Ourinhos, sob titularidade de Juliana Pecchio do Prado Simões. O cartório possui 11 funcionários e média mensal de 2 mil atos.

“Eu acho que é de grande valia essa aproximação por causa da capilaridade que os cartórios têm”, afirma Juliana. “Quando uma associação de grande representatividade como a Anoreg/SP procura conhecer as nossas demandas, ela consegue entender o contexto geral. Eu vejo com grande riqueza e acho que o caminho é esse”, explica.

Logo após, conhecemos o Segundo Cartório de Notas e Protesto de Letras e Títulos de Ourinhos, sob titularidade de Ivy Helene Lima Pagliusi, com 10 funcionários e média mensal de 2.500 atos. Fomos recebidos pelo substituto Rodrigo de Matos Palma.

Rodrigo explica que houve um grande crescimento no cartório nos últimos anos, em especial para serviços como escrituras e inventários. Ele conta que a procura por serviços eletrônicos também cresceu. “Fomos pioneiros aqui na cidade na implantação do e-Notariado. E teve bastante crescimento depois da pandemia. Traz mais praticidade e facilita muito no dia a dia da população e da serventia”, afirma.

Por fim, conhecemos o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelião de Notas de Ribeirão do Sul. Sob titularidade de Francis Pignatti do Nascimento, a serventia possui dois funcionários e média de 600 atos por mês.

Para Francis, há vários desafios no dia a dia da serventia. “Tivemos uma certa dificuldade no acolhimento dos atos digitais. A população ainda está ligada ao físico. E isso atrapalha um pouco, porque precisamos estar abertos às novas tecnologia”, diz

No entanto, ele enxerga que a aproximação da Anoreg/SP pode ajudar a resolver esses desafios. “Em geral, os cursos acontecem mais na capital. Mas a partir do momento que o curso passa a acontecer também nas cidades do interior, a gente se sente mais acolhido pela Associação e consegue desenvolver um serviço de excelência e qualidade”, diz.

No final do dia, voltamos para Ourinhos, onde aconteceu a última etapa do treinamento ‘Gestão, Qualidade & Prática’.

Na quinta-feira, 15 de junho, saímos de Ourinhos com direção a Assis. O município está a 434 km de distância da capital e possui pouco mais de 100 mil habitantes.

A primeira visita foi ao 1º Tabelião de Notas e de Protesto de Letras e Títulos de Assis. Sob titularidade de Lourival Gama da Silva, a serventia possui 22 funcionários e tem média mensal de 15 mil atos.

De acordo com Lourival, o maior desafio é acompanhar a modernização. “Os cartórios muitas vezes acompanham, mas talvez os clientes não estejam preparados. Precisamos sempre orientar o procedimento. E isso tem sido um desafio, mas estamos nos adequando com o tempo”, explica.

Em seguida, conhecemos o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas de Assis, sob titularidade de Maria Clara Fernandes Castilho Garcia, com cinco funcionários e média mensal de 1,3 mil atos.

“Assis é uma cidade muito boa, temos uma demanda grande. Acho que todos os cartórios estão buscando se adaptar para prestar um bom serviço para a população”, conta Maria Clara. Nesse sentido, ela vê a aproximação da Anoreg/SP como uma ação bastante necessária.

“Eu acho que é a primeira vez que a gente recebe um curso aqui em Assis. E achei ótimo. É um tema que geralmente não temos muita familiaridade, ficamos mais atentos às questões técnicas do dia a dia. Mas a gestão, o atendimento ao usuário e a administração também são importantes. Sempre tem algo que pode melhorar. E o curso nos proporciona orientação para aplicar essas melhorias”, diz.

De lá, pegamos estrada para Cândido Mota, onde conhecemos o Oficial de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica de Cândido Mota, com nove funcionários e média mensal de mil atos.  Fomos recebidos pelo titular Aparecido Vinha e pelo substituto Celso Andreotti que nos apresentaram as dependências.

Por fim, conhecemos o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas da Comarca de Cândido Mota. Sob titularidade de Letícia da Silva Ozawa, possui três funcionários e média mensal de mil atos.

Segundo Letícia, o relacionamento com a população de Cândido Mota é bem tranquilo. “Desde que assumi, não tive problemas. As pessoas geralmente elogiam a equipe e o atendimento”, diz. No entanto, ela enxerga um desafio. “Com o passar do tempo, os serviços vão diminuindo. Autenticação e reconhecimento de firma, por exemplo, que há 15 anos eram muito fortes, hoje vemos diminuir bastante”, explica. O e-Notariado é outro desafio. “Não tive procura da população. Se foram três ou quatro foi muito”, diz.

Mas, para ela, a recente aproximação da Anoreg/SP pode ser importante para superar essas dificuldades. “Eu acho muito bacana essa iniciativa dos cursos em cidades mais afastadas como aqui. É bem interessante”, afirma.

Ao final do dia, as visitas foram encerradas. Durante a noite, aconteceu a primeira etapa do treinamento ‘Gestão, Qualidade & Prática’ em Assis.

Na sexta-feira, a equipe da Anoreg/SP pegou estrada com destino a Palmital. Nossa visita foi ao Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelionato de Notas do Município de Platina da Comarca de Palmital, onde fomos recebidos pelo titular João Antonio Sartori Júnior. A serventia possui um funcionário e média mensal de 180 atos.

De lá, partimos para Echaporã para visitar o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelião de Notas de Echaporã. A serventia possui um funcionário e média mensal de 500 atos. Fomos recebidos pela titular Maria Luísa Duarte Xavier.

Para Maria Luísa, as dificuldades do cotidiano não estão relacionadas aos serviços notariais e registrais, mas com a escassez de mão de obra qualificada e insumos para a serventia. “Por ser uma cidade pequena, muitas vezes não achamos materiais necessários para o cartório por aqui. Se uma impressora quebra, precisa vir uma pessoa de uma cidade vizinha para consertar e isso leva tempo e dificulta os processos”, explica.

Ela vê com bons olhos a aproximação da Associação. “Eu acho muito boa iniciativa, ainda mais aqui na região. Gostaria que tivesse mais”, afirma.

Ao final do dia, o treinamento ‘Gestão, Qualidade e Prática’ foi encerrado em Assis.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Anoreg/SP