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Artigo - Choking Game - Por Arthur Del Guércio

Publicado em: 07/11/2016
Há algumas semanas trabalhamos no artigo “Viúvos do WhatsApp”, ideias voltadas a incentivar um uso mais moderado de equipamentos eletrônicos, como uma maneira de se obter uma vida mais sadia.

Inexplicavelmente, nesse intervalo, ganha notoriedade uma nova aberração no mundo, o chamado “choking game” ou jogo da asfixia. Por intermédio da brincadeira, de péssimo gosto, uma pessoa, sozinha ou com ajuda, promove a sua asfixia, interrompendo o fluxo de oxigênio e sangue para o cérebro, gerando um “barato”.

Esse jogo pode ter levado à morte um jovem brasileiro, desafiado após uma partida de um “game” virtual qualquer.

O caso deve gerar um alerta aos pais, sobre como a invasão dos jogos virtuais na vida das crianças pode afetar a sua existência. Mais do que isso, os pais devem se policiar para não se tornarem grandes incentivadores de situações negativas.

Tenho observado com frequência, em restaurantes e ambientes públicos, pais que, ao mínimo choro de suas crianças, ligam o telefone celular com algum desenho ou imagem, hipnotizando-as, numa tentativa de cessar imediatamente a inquietude apresentada.

Os mesmos pais, anos mais tarde, se queixam que os filhos não saem da frente do computador ou da televisão, mas se esquecem que foram grandes fomentadores do péssimo hábito!

O jogo da asfixia tem origem em ambientes eletrônicos, e caso haja necessidade de provar fatos que o antecederam, como o próprio incentivo de determinadas pessoas à sua prática, não só em casos extremos com resultado morte, recomenda-se a utilização da ata notarial, importante meio de prova relativo a fatos ocorridos no mundo virtual, previsto no novo Código de Processo Civil, que poderá conter inclusive imagens fotográficas.

Sem sombra de dúvidas, a figura do tabelião de notas pode ajudar no combate a ilícitos ocorridos na internet, por intermédio da ata notarial, mas em casos como o do “choking”, é necessário que os pais fiquem atentos aos seus filhos, incentivando uma vida mais real e pautada em alegrias exteriores ao ambiente virtual.
Fonte: Diário do Alto do Tietê
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