A Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo – ARISP – e a Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo, lançaram nesta terça-feira, 5 de novembro, o e-Protocolo – Protocolo Eletrônico de Títulos. O evento ocorreu no gabinete do Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador José Renato Nalini. Com o novo serviço da Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados dos Registradores de Imóveis, escrituras públicas lavradas nos Tabelionato de Notas serão encaminhadas eletronicamente aos Cartórios de Registros de Imóveis do Estado de São Paulo.
Durante o lançamento, a titular do 22º Tabelionato de Notas da Capital, Ana Paula Frontini, demonstrou o envio do traslado eletrônico de uma escritura lavrada em sua serventia para registro no 1º Oficial de Registro de Imóveis da Capital. Além da comodidade, o envio da documentação por meio eletrônico significa também economia de tempo, já que o prazo é reduzido de 30 para 10 dias. Outra vantagem é que o o cidadão recebe informações sobre o andamento do título por e-mail ou sms. O usuário pode também fazer o acompanhamento pelo portal Registradores (www.registradores.org.br). O magistrado lembrou do trabalho das entidades de classe para o desenvolvimento da ferramenta. “Foi tudo muito bem planejado. A ARISP trabalhou bastante com vários integrantes dos principais Registro de Imóveis do país, que estão em São Paulo. A Anoreg-SP e o Colégio Notarial de São Paulo também participaram dos estudos. Então é o aprofundamento de uma tecnologia que já estava disponível e que será potencializada. Nós vamos caminhando rumo a eficácia, a celeridade e a segurança”, acentuou. O presidente da ARISP, Flauzilino Araújo dos Santos enfatizou que este é o principio do Registro Eletrônico. “Esta é a concretização do Registro Eletrônico, nós estamos antecipando o que está previsto na lei para julho de 2014. E para o cidadão isso significa o acesso aos serviços com celeridade no envio dos documentos e economia, já que essa tramitação pela internet evita gastos adicionais e traz a modernidade com segurança jurídica e tecnológica. Esse é um direito do cidadão, ter acesso aos serviços públicos de forma eletrônica rápida e segura”, declarou. “O nosso país está em evolução e nós também estamos evoluindo nos atos praticados. Mas a necessidade e o benefício são dos cidadãos”, salientou Mateus Brandão Machado, presidente do CNB-SP. Já a tabelião Ana Paula Frontini destacou a celeridade que o instrumento representa. “A importância disso é que sem a perda da segurança jurídica o sistema entre os Cartórios de Notas e o de Registro de Imóveis ganhou agilidade e manteve a eficiência. Isso beneficia o usuário que terá a escritura encaminhada de forma mais rápida para registro. A intenção é que esse tráfego aumente cada vez mais. Então essa é a abertura para que mais títulos passem a ser feitos de forma eletrônica”. Já o juiz Assessor da Corregedoria Geral da Justiça, Antonio Carlos Alves Braga Junior, disse que este pode ser o início de um sistema nacional de Registro Eletrônico. “O lançamento do e-Protocolo é um marco, pois ele abre a porta digital do Registro de Imóveis. não adiantaria nada termos construído um sistema eletrônico do registro sem ter a possibilidade de tramitação de títulos eletrônicos, o registro e a certidão eletrônica se não tivéssemos essa porta. Então esse é o embrião do sistema que deverá se tornar nacional. Isso já está em pratica aqui e apenas em estagio inicial em alguns estados, ou seja, temos a possibilidade de aproveitar todo esse trabalho para operar um sistema nacional”, declarou Braga Junior. O juiz Assessor da Corregedoria Geral da Justiça, Gustavo Henrique Bretas Marzagão, falou que este é o início de uma nova fase do Registro. “Esse é o primeiro passo, o encaminhamento dos títulos eletrônicos para o registro de imóveis, que abre as portas para que em um segundo passo, os instrumentos particulares também possam tramitar de forma eletrônica. Assim a sociedade ganha com a celeridade e a segurança jurídica. Hoje inauguramos uma nova dimensão do Registro, a eletrônica. Então não estamos mais limitados ao papel, um passo importantíssimo”. Fonte: Imprensa ARISP |
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