Presidente da Anoreg/BR apresenta conquistas do extrajudicial durante I Encontro de Corregedores do Serviço Extrajudicial da Corregedoria Nacional de Justiça
Brasília (DF) – Coube ao presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), Cláudio Marçal Freire, abrir as exposições dos serviços extrajudiciais no I Encontro de Corregedores do Serviço Extrajudicial, promovido pela Corregedoria Nacional de Justiça no auditório do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), na manhã desta quinta-feira (07.12). O presidente iniciou sua fala destacando a busca da entidade por parcerias que contribuam com a diminuição dos gargalos existentes na prestação dos serviços à população, assim como trabalhar conjuntamente para desobstruir o Poder Judiciário e na prestação de serviços públicos ao cidadão. A exemplo de medidas para a desobstrução do Judiciário, foram citados os mecanismos de extrajudiciliazação, como a lei 11.441/07, que permitiu que divórcios, separações, inventários e partilhas fossem realizados diretamente em tabelionato de notas, além da usucapião administrativa, mecanismo que visa a regularização fundiária, e que a associação tem se empenhado para concretizar. “Estejam certos senhores corregedores de que notários e registradores serão sempre parceiros dos tribunais, buscando colaborar na efetivação dos serviços que ainda se fazem necessários. Vislumbro um cenário de esperança e estou certo de que juntos e imbuídos dos mesmos propósitos, teremos força, capacidade e condição para levar adiante esses novos desafios”. Entre as contribuições citadas pelo presidente da entidade estão a emissão do CPF direto nas certidões de nascimento, a recuperação creditícia pelos cartórios por meio do protesto de certidões de dívida ativa, as correções de erros de grafia direto em cartórios, a retificação imobiliária sem processo judicial, os divórcios e inventários em cartórios de notas, assim como, mais recentemente, o reconhecimento de paternidade e filiação socioafetiva diretamente nos cartórios. O trabalho para o aperfeiçoamento das centrais de informações das diferentes naturezas de serviços extrajudiciais também foi citado pelo presidente da associação como uma forma de melhorar a qualidade dos serviços prestados. “Essas centrais já existem e estão em constante aperfeiçoamento e modernização, facilitando o acesso dos cidadãos com a ampliação para todos o território nacional”. Ao finalizar sua exposição, Cláudio Marçal entregou uma homenagem ao ministro João Otávio de Noronha, corregedor nacional de Justiça. Em seguida, o diretor de tecnologia da informação do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), Flauzilino Araújo dos Santos, representando o presidente, Sérgio Jacomino, apresentou as inovações tecnológicas que já estão implantadas e as que estão projetadas para entrar em funcionamento neste segundo momento. O diretor do IRIB citou o Ofício Eletrônico, que se propôs a substituir os ofícios em papel em transações imobiliárias, e que desde de maio de 2005 substituiu mais de 734 milhões de documentos, representando uma economia para o orçamento dos tribunais e dos órgãos públicos de mais de 6 bilhões de reais. A exemplo das tecnologias que devem ser implantadas em breve, o diretor destacou o Operador Nacional do Registro de Imóveis Eletrônico (ONR), que funcionará como ponto de apoio institucional e tecnológico para as centrais de serviços eletrônicos compartilhados dos estados e Distrito Federal e está em fase de apreciação pela Corregedoria Nacional de Justiça. “Nós precisamos melhorar a situação do ambiente de negócios imobiliários no Brasil com a implementação do Registro Eletrônico e acreditamos que cabem aos oficiais melhorar esse ambiente, modernizando com a aplicação das novas tecnologias”. Representado pelo presidente Leo Barros Almada, o Instituto de Estudos do Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB), que completa 30 anos no próximo 15 de outubro, destacou duas inovações tecnológicas implementadas pela entidade, a Central de Remessa de Arquivos Nacional (CRA-Nacional) que, desde novembro de 2013, já recebeu 36,5 milhões de títulos da iniciativa privada, dos quais 62% foram pagos, que corresponde a um total de mais de 43,4 bilhões de créditos recuperados, e a Consulta Nacional, que disponibiliza a todos os usuários os protestos existentes, a localidade, a data e o valor, além de estar disponível em três plataformas: site, aplicativo de celular e token de autoatendimento. O presidente do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas (IRTDPJ), Paulo Rêgo, ressaltou a necessidade do mercado de centralizar informações e, por essa razão, a criação da Central Nacional do IRTDPJ, que funciona desde 2012 e, atualmente, já tem 1847 comarcas cadastradas com atendimento via chat e data center próprio em território nacional. “É muito importante que haja uma central nacional e não uma proliferação de centrais, porque isso multiplica o custo, e é importante que o usuário tenha um custo padronizado e uniformizado”. Por sua vez, o presidente da Associação Nacional dos Registradores das Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil), Arion Toledo Cavalheiro Júnior, apresentou aos corregedores estaduais a marca de 1% de sub-registro no Brasil, alcançada por meio da lei da gratuidade e, principalmente, por meio do incansável trabalho de conscientização realizado pela Associação, mudando hábitos e costumes. A Central Nacional do Registro Civil (CRC–Nacional), que atualmente abrange todos os estados do País, também foi citada como um exemplo de avanço dos serviços prestados pelos cartórios, pois através dela, é possível solicitar, de qualquer local, uma certidão emitida em território nacional. O registrador também anunciou a criação da CRC Internacional que, por meio das embaixadas e consulados, fará a transmissão de certidões de brasileiros residentes em outro país, e o lançamento do Documento Nacional de Identificação (DNI), no dia 24 de janeiro de 2018, que terá a Central do Registro Civil como base de informações. Finalizando as apresentações extrajudiciais, o presidente do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB), Paulo Roberto Gaiger Ferreira, destacou as propostas de documentos e sistemas eletrônicos que modernizem a sociedade brasileira, para que a atividade notarial garanta sempre segurança jurídica e, sobretudo, possibilite a realização dos negócios imobiliários de qualquer espécie com fé pública. “Temos na nossa entidade representação de 24 estados e Distrito Federal e viemos aqui tentando modernizar as nossas atividades, porque somos um segmento que necessita, com as novas tecnologias, ser agrupado, para que o serviço seja prestado de maneira eficiente, padronizado e com baixo custo à sociedade”. A entidade distribuiu a todos os participantes do encontro um manual de Boas Práticas do ambiente tecnológico notarial. | ||
Fonte: Assessoria de Imprensa Anoreg/BR | ||
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