São Paulo (SP) - A última palestra do XX Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro teve como enfoque o case “Agro – A Indústria-riqueza do Brasil”, apresentada pelo gerente de Planejamento de Marketing da Rede Globo, José Petroski.
Para abrir o debate, o vice-presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), Germano Toscano de Brito, destacou a importância de se debater marketing. “Neste momento que estamos buscando mostrar para o povo brasileiro o que nós significamos para a sociedade é muito importante ouvir as palavras de alguém como o José Petroski, que é um dos maiores especialistas em marketing no Brasil. Nós que não entendemos de marketing, de case, de branding ... estamos aqui para aprender”, afirmou. Clique aqui e veja as fotos da palestra Na sequência José Petroski, iniciou sua palestra destacando que os cartórios extrajudiciais já possuem o item básico para se construir engajamento e comunicação com o público: conteúdo. “Contrariando um pouco o que o doutor Germano disse, eu tenho certeza que vocês entendem muito de marketing, muito de case, até porque, depois de tudo que eu ouvi aqui hoje e todo o material que eu li para estar neste evento, sei que vocês têm o básico e o principal para exercitar tudo isso: conteúdo. A história de vocês e os serviços que oferecem para a população brasileira já é mais do que meio caminho andado para construir uma bela história”, afirmou. Para mostrar como a Rede Globo trabalha conteúdo no âmbito de engajamento público, Petroski apresentou alguns cases desenvolvidos na área de marketing da emissora. Entre eles, o realizado na estreia da novela O Tempo Não Para, que conta a história de uma família que passa mais 100 anos congelada até ressurgir nos dias atuais. “Quando a nova novela do horário das 7h estreou, fizemos uma provocação com alguns anunciantes. A proposta era que no segundo capítulo da novela, o primeiro intervalo seria todo temático, colocando empresas e serviços relacionados ao tema congelamento ou descongelamento neste intervalo. E o que aconteceu: uma manifestação espontânea das pessoas nas redes sociais sobre essas propagandas temática. E isso é engajamento. É quando as pessoas transferem para outros o impacto que algo teve na vida delas. E aquilo foi tão legal, importante, que elas querem dividir. Os cartórios têm histórias muito fortes, e as pessoas certamente vão querer dividir isso”, afirmou. Agro é pop Já com relação ao case “Agro – a Indústria-riqueza do Brasil”, Petroski afirmou que a emissora tinha três objetivos principais: desmitificar o tema, valorizar o setor e aproximar a população do agronegócio. “Sempre abordamos o agronegócio como conteúdo, basicamente mostrando para a população, assuntos importantes ligados ao mercado. Então decidimos extrapolar as barreiras do jornalismo e do entretenimento, desenvolvendo um projeto de comunicação para os intervalos da emissora. E tínhamos três objetivos básicos: desmistificar o tema, tirando da cabeça das pessoas a imagem de que o agronegócio era pequeno, relacionado ao homem simples, sertanejo; valorizar o setor, que representa 1/3 do PIB brasileiro; e por último aproximar o agronegócio das pessoas, mostrando que existe um mundo chamado agronegócio e que ele está presente no nosso dia a dia”, explicou Petroski. No âmbito dos segmentos extrajudiciais, o diretor de marketing da Rede Globo defendeu que os cartórios devem trabalhar os mesmos objetivos traçados durante a criação da campanha Agro. “Vocês já são super tecnológicos. O tema do Congresso é relacionado a tecnologia. Então, como conseguimos tornar o cartório pop? Ouso dizer que os três objetivos que vocês têm, são os mesmos que tínhamos quando criamos a campanha Agro. Vocês precisam desmitificar uma imagem que para algumas pessoas não é tão positiva. E para isso, vocês precisam escutar o cidadão. Não o cara que está sentado do seu lado neste Congresso, mas sim seu vizinho, pessoas na rua. Talvez as respostas não sejam tão agradáveis, mas é uma provocação importante para evoluir”, afirmou Petroski. “Vocês também precisam valorizar mais o trabalho de vocês. Precisam fazer com que as pessoas reconheçam a importância dele. E como se faz isso? Novamente, ouvindo. Vocês precisam entender por que o cliente gosta ou não gosta do serviço de vocês. Porque ele procura ou deixar de procurar. Também é preciso ter objetivos claros dentro dessa comunicação. Não adianta colocar o bonde na rua, se o objetivo não está definido. É preciso ter coerência no que querem falar e com aquilo que as pessoas querem ouvir. Com isso, mudamos a percepção sobre os cartórios. E vocês vão deixar de ser apenas notários e registradores para serem também notáveis. Então, o cartório também pode ser tec, pode ser pop, pode ser tudo”, concluiu. | ||
Fonte: Assessoria de Imprensa | ||
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