Nunca antes a Região tinha emitido tanto registros de óbitos; só em 2021, foram 20.135 documentos ao todo
Nunca a Baixada Santista teve tantas emissões de registros de óbitos quanto durante o ano de 2021. Somando os números das nove cidades da Baixada Santista, houve um salto de quase 3 mil óbitos documentados na Região Metropolitana comparado ao ano de 2020, data, na qual, já havia sido registrado um outro salto superior a 2.500. Todas estas estatísticas podem ser encontradas na aba de 'registros' do Portal da Transparência.
Os primeiros dados que reportavam que 2021 havia sido o ano mais mortal em toda a história do Brasil foram apresentados ao Diário do Litoral por meio da Assessoria de Imprensa da Associação dos Notários e Registradores do Brasil. Com os dados em mãos, a Reportagem decidiu dissecar os números e separá-los por cada um dos nove municípios da Baixada Santista.
As estatísticas apontaram que as nove cidades registraram um total de 20.135 certidões de óbito ao longo dos 12 meses de 2021. O número representa uma alta de 2.812 documentos a mais do que em 2020, quando já havia uma alta preocupante ao se comprar com 2019, uma vez que o ano retrasado teve 2.607 óbitos registrados a mais.
O portal possui registros que datam até 2015, ano no qual foram emitidas 13.496 certidões de óbitos, em 2016, esse número chegou a 14.249 impulsionado pelo surto de H1N1 da época. Em 2017, as emissões recuaram e a Baixada Santista teve menos mortes contabilizadas pelo Portal da Transparência, totalizando 13.826. Já em 2018, foram 14.355 documentos, enquanto 2019, ano em que a pandemia de Covid-19 ainda não havia atingido o Brasil com força, foram 14.716 óbitos cadastrados por meio de documentação no litoral. Já após a chegada da pandemia, e como foi citado anteriormente, essa estatística saltou para 17.323 em 2020 e 20.135 em 2021.
MUNICÍPIOS
Entre as cidades, Santos foi de longe a mais afetada pela pandemia e cujos cartórios mais emitiram certidões de óbito. Ao todo, foram 6.193 em 2021 contra 5.523 em 2020 e um total de 4.756 ao longo dos 12 meses de 2019. Praia Grande vem na sequência com 3.354 documentos que atestam a morte de um morador no ano passado. Esse número chegou a 2.716 em 2020 e ficou em 2.456 em 2019.
Primeira vila do Brasil, São Vicente teve 3.273 mortes registradas em 2021, enquanto foram 2.863 em 2020 e 2.345 em 2019. Guarujá ficou em 4º lugar com 2.996 certidões de óbito em 2021, 2.569 em 2020 e 1.963 em 2019. Os cartórios de Itanhaém contabilizaram 1.329 óbitos em 2021, 1.039 em 2020 e 1.020 em 2019.
Cubatão em 2021 teve 1.066 registros de óbitos, 994 em 2020 e 774 em 2019. Peruíbe já acabou o ano passado com 752 óbitos registrados, 605 mortes em 2020 e 508 em 2019. Penúltima cidade da Baixada Santista com menos falecimentos, Mongaguá registrou 664 mortes em seus cartórios durante 2021, 558 em 2020 e 502 ao longo de 2019.
Bertioga fecha a lista com 508 óbitos ao todo em 2021, 456 mortes em 2020 e 348 certificados de óbito emitidos em 2019.
BRASIL
Ainda vivendo os reflexos da pandemia no País, os Cartórios de Registro Civil brasileiros registraram um total de 1.728.963 óbitos em todo o território nacional, em comparação ao menor número de nascimentos - 2.623.899 - desde o início da série história do Registro Civil, em 2002.
Gratuitas para todas famílias, foram emitidas mais de 4.1 milhões de certidões de nascimentos e óbitos em todo o território nacional. Também relacionado aos registros de óbitos, os testamentos, realizados em Cartórios de Notas nunca atingiram patamares tão altos no Brasil, superando a marca dos 32 mil atos, em clara demonstração das pessoas com a segurança e cumprimento de seus desejos pessoais e patrimoniais em caso de falecimento.
Os mais de 207 mil inventários abertos em Tabelionatos de Notas - procedimento realizado logo após a morte de uma pessoa para se apurar os bens, dívidas e direitos do falecido para se chegar a herança -, e as partilhas entre os herdeiros, alcançaram números recordes desde que o ato passou a ser feito em Cartório em 2007, tornando sua realização mais simples, rápida e barata.
Fonte: Diário do Litoral