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Coordenadoria de Apoio aos Servidores e Diretoria de Comunicação Social do TJSP falam sobre o curso de Libras para magistrados e servidores

Publicado em: 18/10/2021
Em entrevista exclusiva à Anoreg/SP, as integrantes do TJSP, Patrícia de Rosa Pucci Canavarro e a Talita Pereira Messias, deram detalhes sobre o Curso Prático de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
 
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), por meio da Coordenadoria de Apoio aos Servidores (Caps), lançou em 5 de agosto, o Curso Prático de Língua Brasileira de Sinais (Libras), destinado aos magistrados e servidores. O evento contou com a participação do professor, doutor em Linguística pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e mestre em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rimar Ramalho Segala, e da servidora da Diretoria de Comunicação Social do TJSP e especialista em Interpretação de Libras, Talita Pereira Messias.

Com mais de 500 membros do TJSP, as aulas aconteceram online e com transmissão simultânea por intérprete Libras. “O curso nasceu com objetivo de facilitar o acesso ao Judiciário para todos os públicos. A ideia era criar mecanismos para contribuir com a redução de barreiras à acessibilidade, tornando o Judiciário paulista atento à inclusão e a todo movimento relacionado ao tema”, afirma a coordenadora do Caps, Patrícia de Rosa Pucci Canavarro.
“O curso buscou capacitar o público interno no atendimento em Libras, aprimorando a prestação jurisdicional”, destaca a servidora da Diretoria de Comunicação Social do TJSP, Talita Pereira Messias. “Por ser uma língua de uma minoria (a comunidade surda brasileira), o curso promoveu também a quebra de crenças e preconceitos a respeito das línguas de sinais e das pessoas com deficiência auditiva, contextualizando sobre conceitos importantes, contextos históricos e terminologias que mudaram ao longo do tempo”, completa.

Entre os dias 05 de agosto e 03 de setembro, os magistrados e os servidores, puderam aprender os conceitos gramaticais e linguísticos básicos de Libras, além de frases, termos para os atendimentos e os sinais específicos da área da Justiça e do Direito. “Nas aulas eram possíveis encontrar conteúdos práticos como, o alfabeto manual, os numerais e as frases curtas para apresentação pessoal, os cumprimentos e as saudações, além de informações teóricas e conceitos importantes, terminologias corretas relacionadas às pessoas surdas, dicas de leitura e outros materiais para aprofundar o estudo”, destaca Talita Pereira Messias. A iniciativa ainda disponibilizou atividades interativas e central de dúvidas.

A iniciativa de lançar um Curso Prático de Libras vai ao encontro da Resolução 401/21 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre o desenvolvimento de diretrizes de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência nos órgãos do Poder Judiciário. “A criação de cursos de capacitação como esse ajudam a eliminar barreiras que impedem a plena e efetiva participativa da sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”, enfatiza Patrícia de Rosa Pucci Canavarro. “A Administração Pública precisa contar com agentes capacitados para interpretar e auxiliar pessoas surdas. A efetiva prestação de serviços públicos e de interesse público depende, exclusivamente, no caso das pessoas com deficiência, da implementação de medidas como essa, que assegurem a ampla e irrestrita acessibilidade”, complementa.   

Assim como o projeto do Tribunal de Justiça de São Paulo, os deficientes auditivos do estado podem garantir os atendimentos e a realização de atos em cartórios, por meio do sistema de intérprete de Libras. As ações do setor extrajudiciais acontecem desde 2016 nas serventias adimplentes da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg/SP). “Iniciativas como essa são medidas eficazes para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, que promove o bem de todos, sem preconceitos e quaisquer outras formas de discriminação”, explica a coordenadora do Caps. ”A mediação do atendimento e da realização dos atos por meio do intérprete qualificado, garante plena compreensão e autonomia dos surtos, uma vez que não é comum o surdo ter que levar um parente ou amigo para interpretar, pois as instituições não têm pessoas preparadas ou orçamento para disponibilizar profissionais”, finaliza a servidora da Diretoria de Comunicação Social do TJSP e especialista em Interpretação de Libras.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação Anoreg/SP
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